Selo no carro

Para quem já não se recorda, pois a medida foi decidida em Abril de 2006, um pequeno excerto do artigo do Diário de Noticias de 26/04/2006:

“O plano tributário do Governo para os “carros novos” está clarificado. O imposto automóvel, IA, será dividido em dois novos impostos: o imposto de matrícula, pago à cabeça no acto da compra do carro novo, e o imposto de circulação. Este último será liquidado pelo proprietário ao longo da vida do automóvel e substituirá também o imposto municipal sobre os veículos, IMV.

Com este figurino fiscal, a entrar em vigor em 2007, a compra inicial do carro será mais barata. Mas não haja ilusões: a carga fiscal é para manter. Um grupo de trabalho, recentemente nomeado pelo ministro das Finanças para reformular o IA, já tem as directrizes de actuação financeiras descritas. Diz o despacho de nomeação que a comissão “terá de assegurar o nível de receitas fiscais actualmente geradas a partir do IA, da incidência do IVA sobre o IA, bem como o IMV”. Isto significa que a carga fiscal ao longo da vida do automóvel aumentará.”

Até aqui, nada de novo, todos sabemos que este governo é sequioso por dinheiro, e fará de tudo para saciar a sua sede. continuando, agora com outro excerto do artigo de 19/02/2007:

“Mas a partir de 2008, passa a ser cobrado um imposto de propriedade, o que significa que a pessoa paga enquanto o registo de propriedade estiver em seu nome, mesmo que o veículo não circule”.

Ainda não terminei, mas parece-me que o que pago anualmente de selo do carro vai aumentar drasticamente.

Artigo de 24/01/2007 da Agência Lusa:

“Falando no debate mensal, na Assembleia da República, José Sócrates começou por frisar que em 2006 o seu executivo introduziu uma componente ambiental no IA de dez por cento.

‘Quero anunciar que, já a partir de 01 de Julho, será de 30 por cento e, a partir de 01 de Janeiro de 2008, esta percentagem subirá para 60 por cento. Portugal estará assim na linha da frente dos países que adoptaram a eficiência ambiental como critério decisivo na taxação do automóvel'”

Mais uma voltinha… mais uma moedinha!

Alberto João Jardim em entrevista ao Expresso em 24/02/2007:

“Diz que compete aos portugueses, ‘no seu próprio interesse’, derrubar o governo socialista de Lisboa nas eleições de 2009, sustentando que ‘não podem continuar a cantar o fado, a gostar da fatalidade’.

Em qualquer país normal em que o primeiro-ministro tivesse mentido aos portugueses como mentiu aqui, estava no olho da rua. Veja como em situação semelhante, ocorrida na Hungria, o sarilho que tem sido só pelo primeiro-ministro ter admitido que também mentiu aos húngaros'”.

Posso considerar esta personagem o bobo da corte portuguesa mas nisto tenho de concordar com ele. Inacreditável, como perante tudo o que este governo tem feito, o povo não se manifesta. Acomoda-se e até da entender que gosta de ser maltratado para poder “continuar a cantar o fado”.

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