A teoria das maçãs

Recebi, recentemente, um daqueles mails que circulam em massa pela Internet com uma teoria interessante de como os homens escolhem as mulheres e a que eu carinhosamente apelidei de “Teoria das Maçãs“.
O caro leitor prepara-se para perder 5 minutos numa das minhas divagações sem qualquer interesse para fazer girar o mundo.

A mensagem que circula dita algo assim:
Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de conseguir. Assim as maçãs do topo pensam que algo está errado com elas […]” Bem o resto não interessa porque trata-se de mais uma mensagem (em português Brasil) para tentar convencer as solteiras de que afinal não estão encalhadas.

Não querendo negar esta bela teoria, eu resolvi completá-la. 😀
1º acrescento:
No entanto, o homem que estiver atento, apanha a maçã no momento em que esta cai, comendo assim a maçã no momento em que esta está madura e saborosa.
2º acrescento:
As maçãs saborosas que estão no topo. longe do alcance do homem, estão ao alcance da terrível passarada, que as ataca mutilando-as. Quando finalmente caem, ninguém lhes pega por estarem meias comidas e já pouco sobrar delas.
3º acrescento:
Há ainda as lagartas que se divertem a fazer as suas casas nas maçãs sem lhes dar nada em troca. Por um lado ficamos a saber que essas maçãs são as mais saborosas, mas ninguém come uma maçã com “bicho”.

Resumindo e usando um provérbio para terminar:

“Mais vale uma maçã na mão que duas no pomar”

😀 Grande final, hem?

AutoRabal vs Confiauto

Na segunda-feira liguei para a confiauto em Viana do Castelo para marcar a revisão dos 90 000 kms do meu megane. (Foi nesta oficina que levei o carro a fazer a revisão dos 60 000, e também foi nela que troquei a porcaria da bateria quando o carro atingiu os 65 000.)

– Confiauto, Bom dia!
– Bom dia. Eu quero marcar a revisão de um carro.
– Nissan ou Renault?
– Renault!
– Um momento que vou passar a ligação para a oficina.

lá lá lá lá lá (música e mais música) lá lá lá.
– Confiauto, Bom dia!
– Eu quero marcar a revisão de um carro.
– Pode ser sexta-feira?
– Sim!
– Qual é a matrícula?
– 99-99-XX.
– Maria Albertina Joaquina Rosmaninha?
(sim, nome fictício)
– Sim!
– Qual é a revisão?
– É a dos 90 000 kms.
– Mais alguma coisa?
– A que horas é que vou aí colocar o carro?
– Às 8:30.
– Então, bom dia e até sexta-feira.
– Bom dia!

Os dias lá foram passando e chegou este belo dia. Apesar de estar de férias e de ter ido para a festa de São João de Arga, lá me levantei, enfiei-me no chuveiro com água a bater na cara para acordar, ataquei um belo de um pequeno-almoço e parti para a oficina da marca.

– Bom dia!
– Bom dia! Eu tenho a revisão do carro marcada para hoje.
– Qual é a matrícula do carro?
– 99-99-XX.

Neste momento dirigimo-nos ao carro para enfiar o saco plástico no banco e embrulhar o volante e a caixa de mudanças tal e qual duas coxinhas de frango.

– Vamos preencher a ficha de entrada.
tic tic (tecla no computador) tic tic…
– Revisão dos 90 000?
– Sim!

tic tic (tecla no computador) tic tic…
– Mais alguma coisa?
– Não!

tic tic (tecla no computador) tic tic…
– Já mudou a correia de distribuição?
– Como?
– O carro está a fazer 5 anos, está na altura de mudar a correia, se não, pode partir.
– Eu não sei se já mudei ou não, eu trago cá o carro e vocês tratam dele.
– Não deve ter mudado, porque estou a ver aqui no livro que ainda não mudou.
– Então se tem de mudar, mude!
– Para hoje já não dá, ou fica cá de fim-de-semana ou marcamos outro dia para trocar a correia.
– Então marcamos para outro dia. Mas demora assim tanto tempo a mudar uma correia?
– 3:30 horas 4. Quarta ou quinta-feira?
– Quarta!

Agora, cá estou eu, afundado no sofá e a libertar a náusea que esta história me está a provocar. Meus amigos, se eu fosse mecânica e percebesse o que raio é que o carro precisa nas várias revisões, com certeza não o levava a oficina. Tratava eu do carro e poupava na mão de obra.

Uma oficina da marca, sabe quais são as necessidades do carro nas várias fases, eles é que são os técnicos. Tendo eles a ficha do carro no sistema, quando eu liguei para lá a marcar, não podiam ter verificado qual o tipo de manutenção que o carro precisa???

O meu carro anterior era um fiesta de 97, um carrito que me dava bastante gozo conduzir. Durante todo o tempo em que o carro esteve nas minhas mãos, eu levei-o a fazer a manutenção e tudo o mais na AutoRabal, em Viana do Castelo, excepto no ano em que trabalhei na Madeira. Durante os 6 anos que levei o carro a essa oficina, nunca tive qualquer problema. Chegava lá, entregava o carro e quando o carro ficava pronto, lavado e com ambientador, eles ligavam-me a avisar. Se durante a manutenção, verificassem que o carro precisava de algo extraordinário, telefonavam-me no momento e explicavam o que se passava. Nunca me ligaram para me perguntar se podiam tratar de algo que é suposto tratar na manutenção do carro devido a quilómetros ou anos.

Não sei se já perceberam onde é que eu quero chegar. Mas para quem não percebeu, eu explico de uma forma simples.

Eu sou Educadora, percebo de putos, catraios, gaiatos. Eles são mecânicos, percebem de carros. Se me dizem para levar o carro à oficina de 30 000 em 30 000 kms ou de 2 em 2 anos, eu levo, a parte mecânica cabe a eles resolver. Como se costuma dizer: Cada macaco no seu galho! Mas agora, devem concordar comigo, que são os pequenos detalhes que destinguem uma BOA de uma oficina RAZOÁVEL. E enquanto a AutoRabal, sempre forneceu um serviço BOM, a Confiauto fica-se pelos mínimos indispensáveis.

Quem já teve um carro Ford ou Madza, cuja manutenção era feita na AutoRabal e depois trocou de marca e consequentemente de oficina, deve sentir-se solidário comigo quando eu levo o meu carro à oficina e penso:

“Bolas! Porque é que o meu carro não é um Ford???”

A continuação

Na continuação do meu post “Enquanto dura o Euro” convido os leitores a visitarem a página da ERSE, lerem a proposta, e no final, se sentirem a necessidade para tal, enviar-lhes um mail para: consultapublica@erse.pt .

Já estão a circular mails com mensagens tipo que podem utilizar nessa opinião, aqui está um modelito para quem estiver interessado.

Exmos. Senhores:

Pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vªs Exªs a minha discordância, oposição e mesmo indignação relativamente à “proposta” – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.

Com os melhores cumprimentos,

se não os querem criar, não os façam

Nos últimos tempos tenho deparado com situações sociais que me fazem questionar o tipo de sociedade que estamos a criar.

Quando os pais me dizem “Eu posso estar desempregado mas eu tenho direito porque eu pago para que me criem o filho”, ou, até com um certo orgulho, “Eu tenho direito porque o meu filho está sobe a vigilância da protecção de menores”, eu questiono-me se não está a sociedade a fomentar a perda do papel dos pais na vida dos filhos? Quando o papel dos pais resume-se a “parí-los” pois criá-los fica à responsabilidade da sociedade, eu tenho vontade de perguntar a todos os pais e encarregados de educação se não querem preencher os papeis para que os Professores; Educadores, Animadores, Assistentes Sociais,… adoptem essas crianças.

Estudos recentes, indicam que, em média, os pais passam 20 minutos diários com os seus filhos. 20 MINUTOS… Será só a mim que me choca este valor? Numa matemática simples, façamos as contas:20 minutos por dia, 7 dias por semana… 20 X 7 = 140 = a 2 horas e 20 minutos semanais. Eu que sou só a professora deles, passo no mínimo 25 horas semanais, mais 22 horas e 40 minutos que a média dos pais.

Por isso eu continuo a defender a minha ideia, uma que causa desagrado a muito encarregado de educação, de que os Pais lutam pelas causas erradas.

Os Pais lutam para que as escolas permaneçam mais tempo abertas e que os professores os substituam em muitas das tarefas que anteriormente lhes cabiam (já pouco falta para tornarem os professores responsáveis por deitar as crianças). Lutam para que as escolas forneçam actividades que ocupem a parte do dia a dia da criança em que esta está desperta, como se ao envolverem-se no planeamento dessas actividades, ficassem automaticamente compensadas as horas em divida à convivência com os seus filhos. No meu entender, os Pais deviam lutar pela criação de leis sociais que lhes permitam usufruir de mais tempo com os seus filhos: a redução no horário semanal de trabalho enquanto a criança se encontrar na escolaridade obrigatória, a possibilidade de sair do local de trabalho quando chamados de urgência à escola, por motivo de um infeliz acidente ou até mesmo para dar um puxão de orelhas ao filho por ter partido o vidro da cantina, Leis que lhes dêem a possibilidade de cumprir o seu papel de pais.

E no meio disto tudo, salta-me na mente uma frase que é do senso comum: “Se não os querem criar, não os façam”. Não há nenhuma lei que obrigue uma pessoa a fazer filhos, por isso, se é Pai, assuma as suas responsabilidades e não descarte para a sociedade aquilo que lhe compete.

Enquanto dura o Euro

Enquanto dura o Euro 2008 as bombas vão caindo e maioria das pessoas nem se apercebe da força explosiva de cada uma.
Hoje, dia em que joga Portugal contra a Suíça, cai mais uma.
O noticiário do almoço informa que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou uma proposta que permite à EDP cobrar aos clientes pagadores, as dívidas não cobradas.
Como??????
Não sei se esta proposta consegue irritar mais alguém para além de mim, mas acredito que se a nação pousar os cachecóis por um momento sentirá a mesma irritação que eu.

“No passado, a ERSE sempre considerou que o risco de cobrança teria que ser assumido pela empresa e que “os consumidores não deveriam suportar as dívidas dos maus pagadores. Por enquanto, apenas é permitido que os clientes financiem temporariamente as dívidas à EDP que são pagas. Mas a eléctrica alegava que os incobráveis são também um custo do sistema, que não é possível eliminar totalmente. O regulador, aceitando que esta realidade não depende apenas da actuação da empresa, mas também da conjuntura económica, aceitou passar a incluir nos proveitos permitidos para esta actividade, e que são constituídos pelas tarifas finais de electricidade, uma parcela associada ao risco de cobrança, que permite a partilha destes riscos com os consumidores. Haverá sempre contudo um limite aos encargos a passar para os clientes para que o operador seja estimulado a cobrar as dívidas.” (em DN online)

Pelo que vejo, eu devo ter compreendido mal o contrato que realizei com a EDP que fez de mim sua cliente, na realidade eu devo ser sócia, e da mesma forma que eles me querem tornar responsável pelas dívidas dos outros, eu deveria usufruir dos lucros da empresa. Eu não li nas entre linhas do contrato que eu me tornava fiadora dos maus pagadores.
O valor apresentado do acréscimo na factura anual dos clientes será de 1,13 euros. Não é um valor elevado, mas a meu ver até podia ser de 0,01 euros. Não vejo razão em penalizar os cumpridores. Não se sentencia um inocente quando não se consegue sentenciar o criminoso!